paz_na_lua

 
registro: 21/09/2010
Ad infinitum
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uma palavra da fonte

Hoje você vai ver o palhaço fazer palhaçada
o rincão rebuscado aglutinar 
o sentido do jogo, revolucionar
o cantador mandar rima nenhuma
a chuva bater no ar-condicionado
o choro do adulto
a vida embrulhar
o presente ferido no tempo
a alma descarregada
o sopro do pinhal
a ferida negar-se 
a inevitabilidade memorial
o disco voador
o tapete do general
o servo caçador
o pão do catador

o choro da mãe
a milícia sorridente
a flor mística vazia
o prédio esverdeado
as cinzas do pirata
a mão extrapolar
o violino arranhar
a prostituta fazer as unhas
a barraca quebrar o pau
a estrela azul
a guerra na memória, na história
o fazedor
o rico
o espaço, fino, lençol
a noite
camaleão domado
o leão dourado
a china, matadora
oposição 
a lenha, cortada
o corredor, a maratona
a filha, a madrugada
o anél, que controla luz esverdeada
o capitão américa,
a missão de Vishnu
a ponta da caneta bic,
a pena só deslisava
não quero mais, lua..

algum texto

a sua vida, tem vida?

não, opaco, nem sólido, rindo da tua cara, vazia, era perene, hoje vomita, caos
ferida cheia de pus, sara logo, não sara, te amamento, ser esperando para ter voz
represálias, deliberado revolto, cai a montanha, sangra, basta, besta, bestial, horrenda, te perdoo
o ouro, encontrei, dentro da margem, não pode ser, não advem dali, e daí?
chupa-sangue, mérito deslumbrado trabalista, cósmico, citadino, morador de edifício, de rua, de placa
confuso, uma rocha, esmaga, trilha, o som, a nuvem, a fossa, o amor, a prostituta mais amável
o presidente ex presidiário, camelô, um caído, um ex, escritor, comedor de bala, triste lúgubre hipnotizado

quem era você? que me apontava o dedo.. que astiava a bandeira em igreja, que esfregava o chão, que mantia o pão
que não me dava 10 centavos, que era socialista e possuía, três dentes afiados, pó, virava e revirava, alimento, para o seu cérebro sempre, sempre, em movimento, hoje é lei, mamata, nem tente
fogaréu de artífices, o texto, as linhas, não funciona, o que eu queria
                palhaço, palhaço, pelo menos eu trabalho
                                       bum

el fuego

Olá, hoje vim falar sobre o fogo, e sobre a vida, ou melhor, sobre o sentido da vida, ou melhor ainda, como o fogo se faz o sentido da vida.
Você já pensou em como o fogo é feito, como se mantém.. em como se apaga?
Bom, o fogo como conhecemos pode se apagar, mas o sentido da vida não.
Então, no princípio, havia o fogo.. azul, alaranjado.. Nós como macacos o descobrimos e assávamos nossos almoços e jantas nele, o propósito, era a sobrevivência.
Falando diretamente, o teu propósito, meu amigo, é a sobrevivência? Sabe, eu espero que não.. Eu espero que o fogo não seja do lado de fora como antigamente, entende?
Talvez faltem minutos para escrever, talvez uma espécie de fogo, no momento, mas eu espero que você não se confunda e que possa escolher a cor do seu fogo, talvez ela já esteja escolhida e isso possa ser bom.

Bom, como falei sobre tempo, continuarei falando... Pensei em um trem, desses antigos, que as viagens deviam durar, mas sempre chegava..
Nós, com 40 anos ou menos, sempre pensamos que iremos viver muito, e isso acontece bastante.
Até que, o fogo se apague, muitos dizem.. mas eu espero que estejam errados, eu espero que não sejamos a duração de um filme mal contado, eu espero que tenhamos fogo, em nossas memórias, no amor, fogo ardendo em nossas gargantas, para trazer de volta os oprimidos, estes que tem o seu fogo depurado e aumentado nos alicerces.
Meus amigos, não tenham mais medo, corram com suas bandeiras flamejantes, os seu dizeres serão avistados ao longe... seja, liberdade, igualdade, fraternidade, paz, e amor.


;)


mãos vermelhas...

mãos vermelhas
vindo da ressaca
contestando o mundo
como ele vive
derrubando tudo...
como fosse o nada
nadando pelo mar gelado
vendo a brisa por um olhar
e não voltar sem ter contado
as estrelas do céu
os grãos de areia do cais
e por um luar não encontrado
fica o encanto de ter buscado
a ilusão de ter ficado

ah, Marília sonhe comigo
diga que sabe
como venho sentido
que o vento me carregue
guie para onde tenho que ir

calmaria que se reste
que os morros subam
a terra revolte
na praia não há ninguém
viva o bastante para me mostrar
o valor das coisas reais
ria a vida até ter paz
o caminho do rio faz o que ele é
chore suas lágrimas no mar
fronte pálida, mãe-d'água

ver-te-ei de manhã
quando meu sonho anunciar
o cessar do meu voar
linda e bela passará
a eternidade tão vívida
em mim concernerá
a sorte, a vida e a morte
o que há, além dos horizontes do meu pensar, do meu sentir, do meu falar, do meu voar
do meu caír
do teu seio
do meu cais

Chore comigo, será divertido
meu choro lavará o seu
eu tenho certeza, que verá esta beleza
quando o meu poema lhe tocar
rubi de ouro irei roubar
e para o Norte levarei
todo seu sofrer, todo seu saber, todo seu arder, todo meu sonhar
alagará as catacumbas, reunirá os seu enfermos
todos se alegrarão, o meu serviço não é só meu
não é só seu
é verdade
é mar
é luar
é amar


A Meta"fora" da vida

A Meta"fora" da vida

Peguei o carro e fui dar umas voltas pela cidade e periferia, analisava os clubes abertos onde as pessoas faziam fila para entrar
lembro muito bem, entrar beber e beber, não procurando nenhuma mulher... elas aparecem mesmo assim,
achando-me o rei do mundo...
Depois de muitos anos, bengala na mão, me vendo, fui a vendinha mais próxima para comprar maracujás
Um velho, um pouco exacerbado, contando na estrada, 1,2 1,2 1,2.... eu não gostaria de ser esse velho
e eu não sou, poderia ser, mas eu não sou, por quê? porque eu não existo, eu não existo como estava acostumado.
E você pensando, poderia haver uma sabedoria, para cada escolha, um despendimento de energia
se você acerta, leva, se erra, morre
Morre?
bom, para o velhinho era mais ou menos assim
Acordo em outra realidade, menos pessoal, vejo tudo branco, vejo Jesus e a cura do meu ser
O amor bem